Arquivo Historico
Tipo ARQUIVO RODRIGO DA FONSECA MAGALHÃES
DESCRIÇÃO DO COLECÇÃO
Nível de descrição: Colecção 
Data de Produção: Inicial: 1621-02-17 | Final: 1852-12-07 
Dimensão e Suporte: 21 documentos 
Código de referência: PT-AHP/ARFM 
História: Rodrigo da Fonseca Magalhães nasceu em Condeixa-a-Nova a 24 de Julho de 1787.

Foi fidalgo cavaleiro da Casa Real, por alvará de 2 de Agosto de 1835; condecorado com a grã-cruz da Ordem de Cristo, cavaleiro da Torre e Espada, cruz n.º 4 das campanhas da guerra peninsular e com a medalha britânica de 7 acções; par do reino; conselheiro de Estado efectivo; ministro do Reino; deputado; antigo oficial maior da Secretaria dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça; sócio emérito da Academia Real das Ciências de Lisboa, do Conservatório Real de Lisboa; membro do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil.

Na época das invasões francesas encontrava-se a estudar em Coimbra, quando a Universidade fechou e Rodrigo da Fonseca alistou-se no batalhão académico. Neste tempo, em 1808, escreveu um folheto intitulado "Ode Pindarica à Restauração de Portugal".

Em 1817 participou nas conspirações liberais, tendo sido declarado desertor por Beresford e obrigado a ir para o Brasil. Aí foi nomeado pelo governador da província de Pernambuco, General Luís do Rego Barreto, Secretário-geral do Governo e em 1821 Secretário da Junta do Governo. Neste ano fundou o "Aurora Pernambucana", o primeiro jornal político daquela província. No final desse ano voltou para Portugal, na companhia da sua mulher, D. Inácia Cândida do Rego Barreto. Ao chegar a Portugal em 1822 foi nomeado oficial da Secretaria da Justiça e enviado à Província de Trás-os-Montes para restabelecer a paz após a revolução absolutista. Depois da Vila Francada foi perseguido e deportado para a Figueira da Foz. Em 1824 foi residir para Viana do Castelo e em 1825 foi reintegrado como oficial da Secretaria da Justiça.

Em 1828 os conselheiros de D. Miguel chamaram-no para escrever o manifesto que sustentava a tese dos direitos de D. Miguel ao trono, o que recusou, sendo mais uma vez obrigado a sair do país, desta vez para Londres. Aí chegado apresentou-se ao Marquês de Palmela, chefe da emigração constitucional em Inglaterra que o empregou na secretaria da embaixada e o encarregou de dirigir 2 jornais liberais o "Aurora" e o "Paquete de Portugal".

Em 1833 foi nomeado director geral do Ministério da Justiça e administrador da Imprensa Nacional. Em 1834 foi eleito Deputado pela Província do Minho, mostrando desde logo os seus dotes oratórios e iniciando uma fulgurante carreira política. Nesta época fundou com António Pereira dos Reis a "Revista", jornal para o qual escreveu vários artigos sobre a política constitucional.

Em 15 de Julho de 1835 foi nomeado Ministro do Reino, tendo incentivado a criação do Instituto de Ciências Físicas e Matemáticas, que deu origem a muita controvérsia e levou à queda do ministério em novembro desse ano. Quando o Congresso de 1838 decretou a nova constituição, Rodrigo da Fonseca mostrou-se adverso, mas aceitou a votação feita pela Câmara legalmente eleita, reagindo contra os que contra ela se revoltaram. Em 26 de Novembro de 1839, foi nomeado novamente Ministro do Reino. Em 1940 foi defensor no parlamento da liberdade de imprensa. Em 9 de Junho de 1841 foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, tendo negociado o restabelecimento de relações com a Santa Sé. Em 1842, com o restabelecimento da Carta Constitucional entrou em colisão com Costa Cabral e nesse mesmo ano foi nomeado Conselheiro de Estado. Mais tarde declinou o convite da Rainha D. Maria II para constituir Governo aconselhando o nome do Duque de Palmela. Foi nomeado então Comissário Régio. Foi eleito par do Reino por carta régia de 22 de Outubro de 1847, fazendo discursos inflamados contra o ministério do Conde de Tomar. Em 7de Julho de 1851 foi nomeado outra vez ministro do Reino, de onde se demitiiu em 6 de Junho de 1856. D. Pedro V quis agraciaá-lo dando a seu filho, Luis do Rego da Fonseca Magalhães, título que ele próprio sempre recusara. Apenas aceitou a grã-cruz da Ordem de Cristo dada pela Rainha D. Maria II. Deixou uma vasta obra literária e política.

Faleceu em Lisboa a 11 de Maio de 1858. 
História Custodial: Documentos oferecidos ao Museu Histórico-Bibliográfico pelo Comandante de Secção da Polícia de Segurança Pública de Lisboa, Tenente Armando Vitorino Ribeiro.

Estiveram no Museu até 12 de Abril de 2007, altura em que foram entregues ao Arquivo Histórico Parlamentar. 
Âmbito e Conteúdo: São 21 documentos financeiros pertencentes a Rodrigo da Fonseca Magalhães. 
Guia de fundos do Arquivo Histórico Parlamentar