Arquivo Historico
Tipo REQUERIMENTO DE ANÓNIMO DA VILA DE LOULÉ
DESCRIÇÃO DO DOCUMENTO
Nível de descrição: Documento 
Data: Inicial: 1822-02-04 | Final: 1822-02-12 
Dimensão e Suporte: 1 p 
Código de referência: PT-AHP/CGE/CPET/S2/D1174 
Tipologia: Requerimento 
Tradição Documental: Original 
Destinatario: Cortes Constituintes de 1821-1822

Comissão de Petições 
Autor: Anónimo da vila de Loulé 
Sumário: Requerimento, de 4 de Fevereiro de 1822, de um anónimo da vila de Loulé, no qual refere que, José Correia Parrela, "haverá três anos", juntamente com o seu cunhado, José Guerreiro, tendo encontrado na sua propriedade Manuel Correia Romão, "apanhando uma pouca de cevada, lhe deram tanta pancada que o deixaram por morto como com efeito morreu passados dois dias, ficando sua triste mulher com sete filhos."

Apesar de se saber quem tinham sido os autores do homicídio, o desembargador Domingos Gabriel de Bettencourt de Vasconcelos, patrão de um dos réus, conseguiu, concertado com o juiz fora de Loulé, Alexandre Rodrigues Osório Passos, abafar o caso, "dando o réu sete moedas à viúva."

No entanto, como o réu não desistiu da sua atividade criminosa, praticando outros crimes, "quase idênticos ao primeiro", e porque "os vizinhos daqueles sítios não se dão por seguros", pede que se mande tomar conhecimento "daquele desastroso sucesso para que provada a culpa o réu seja castigado na conformidade das leis."

Na margem do requerimento está exarado o seguinte despacho: "não está assinado. 12 de Fevereiro de 1822."

Na sessão das Cortes de 9 de Março de 1821, foi aprovada uma proposta do deputado Borges Carneiro na qual defendeu que "no Diário se declarasse que se não admitem requerimentos não assinados." 
Estado de Conservação: Razoável 
Cota normalizada: Secção I/II, cx. 20, mç. 12, doc. 157; 
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